Mods ou não Mods? Eis a questão
E chegou a sexta feira… Está quase na hora de chegar em casa e começar o ritual
para mais um final de semana cheio de velocidade (mesmo que seja só virtual, não tem problema também é válido).
Recentemente em uma conversa com um amigo, Wendel, do canal PolePositionbr (que por sinal eu altamente recomendo você dar uma conferida) chegamos no assunto de quais mods gostávamos e o que gostamos e procuramos em mods. Wendel me disse que já fez parte de alguns grupos em que pessoas abominam o uso de mods e preferem deixar seus simuladores puros.
Oras, mas para mim a parte mais legal é ver o que as pessoas são capazes de criar para o jogo (tá, UMA das partes mais legais…) Lembrando que na grande maioria dos casos os criadores de mods não ganham nada com isso! São horas e horas de trabalho, modelagem 3d, testes, frustrações, erros, bugs, etc etc… Até que por fim o carro ou a pista finalmente é implementado(a) no jogo.
É claro que a 90% (segundo o instituto de pesquisa inventado na minha cabeça somente para ser usado nesse texto – relaxa, é confiável) desses mods não passa nem perto no nível de qualidade, polimento e até mesmo fidelidade em comparação com o conteúdo oficial do jogo.
Mas e os outros 10%?
Antes de continuar, quero dar um pouco de contexto para vocês:
Para um carro estar em um jogo, existe todo um processo de licenciamento, diretos de imagem, uma baita burocracia.
Geralmente uma equipe de desenvolvedores vai até um local para analisar o carro (real), gravar os sons, pegar dados de telemetria que a própria montadora fornece, etc… Para depois começar o processo de digitalização. Em uma entrevista, Dan Greenawalt (diretor da franquia Forza Motorsport) disse que em média, um carro leva seis meses para ficar pronto.
Isso sem falar de marcas com contratos de exclusividade. A Ferrari por exemplo tem um contrato com a Microsoft (Turn 10) de exclusividade no Xbox.
Mas espera aí… Ferraris aparecem em vários outros jogos de corrida que não tem nada a ver com a Microsoft ou com o Xbox…
Sim!
Isso porque a Turn 10(Forza) permite que outros desenvovedores utilizem a marca da Ferrari (mas tem que pedir com carinho…)
Notaram que recentemente estamos vendo Porsche em tudo que é jogo de corrida? Graças ao contrato que a Porsche tinha com a EA games ter chego ao fim.
Aonde eu quero chegar com isso? – As vezes nossa marca favorita não aparece em um jogo que queremos muito, e nem sempre é culpa dos desenvolvedores. Mas nem tudo está perdido. Se você corre no pc, pode ficar tranquilo que mais cedo ou mais tarde alguém vai fazer um mod do seu carro.
ah sim, lembra daqueles 10%?
Temos ótimos exemplos no Assetto Corsa.
Pelo menos três carros que eram mods, acabaram virando conteúdo oficial e licenciado!
O primeiro deles era o excelente Shelby Cobra 427. Esse provavelmente foi o primeiro mod do Assetto Corsa que realmente mostrou do que a comunidade de modders era capaz.
Mais um monstro de mod e de carro que surgiu da comunidade foi o lendário Mazda 787b. Mais um mod de qualidade absurda!
Este, juntamente com o mais modesto Miata acabaram entrando na lista de conteúdo oficial do jogo por meio de DLC.
Também é comum ler sobre autores de mods que no fim das contas foram contratados por alguma desenvolvedora para trabalhar e desenvolver carros oficiais.
Por fim, vejo esse cenário como muito positivo para todo mundo:
- eu, como consumidor final ganho mais conteúdo de graça para meu simulador preferido,
- os desenvolvedores tem seus títulos sempre sendo injetados com conteúdo (sem que eles precisem trabalhar de fato) aumentando a longevidade do jogo,
- os Modders em si, que além do reconhecimento entre os próprios membros da comunidade, ainda podem ter a chance de transformar uma paixão em profissão.
Pela Simuladores Brasil, Meu nome é Bruno e eu vejo vocês na Pista!